Sucessão presidencial
 Publicado em 02/07/2013
Levantamento da Paraná Pesquisas, feito com exclusividade para a Gazeta do Povo, revela que Marina e Serra são hoje os dois nomes mais fortes da oposição
Publicado em 02/07/2013 Se a eleição de 2014 fosse hoje, os eleitores só conheceriam o nome do vencedor da disputa pela Presidência no segundo turno. É o que mostra sondagem de opinião realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas em todo o país com exclusividade para a Gazeta do Povo. A pesquisa reforça o levantamento do Datafolha, divulgado no fim de semana, que mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) teria dificuldade para se reeleger, apesar de liderar nos cenários pesquisados.


Dilma está à frente nos dois cenários que hoje são mais prováveis, com porcentuais de intenção de voto variando de 32,2% a 34,5%. Além de Marina Silva (Rede), que aparece em segundo nos dois cenários, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) teve um bom desempenho. Ele está tecnicamente empatado com Marina numa das simulações e teoricamente teria chance de ir para o segundo turno com Dilma. O PSDB trabalha para lançar Aécio Neves (MG), que teve desempenho pior que o de Serra. Mas isso não coloca Serra fora da disputa. O paulista avalia a possibilidade de se filiar a outro partido para concorrer.
Ganhadora
Para o diretor do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, o levantamento confirma o momento difícil por que passa a presidente Dilma. “Os números revelam que a pessoa que mais ganhou com as manifestações e protestos foi a Marina e não o PSDB nem o Eduardo Campos [governador de Pernambuco, do PSB], que estão em maior evidência na mídia”, avalia. “Marina representa o diferente. Por isso absorveu essa insatisfação das ruas”, completa Hidalgo.
O cientista político Octaciano Nogueira, da Universidade de Brasília (UnB), diz que o resultado da pesquisa não surpreende. Campos é menos lembrado porque sua atuação política se restringe a Pernambuco, afirma ele. Nogueira acredita ainda que Marina, pelo fato de não ter experiência como governante, tem desvantagens em relação aos tucanos Aécio e Serra. “Marina é uma candidata para perder a eleição; é uma candidatura ocasional que depois não persiste. A situação dela é favorável porque pode fazer críticas ao governo sem ser criticada”, diz Nogueira.
Ele considera normal ainda o desempenho de Dilma nas regiões pesquisadas e nas classes sociais consultadas na pesquisa. A presidente tem mais resistência entre os eleitores das classes A e B e mais aceitação entre os mais pobres. Por região, a presidente continua bem no Nordeste enquanto que, nas demais regiões do país, a diferença de votos para os demais candidatos é menor. “Esse desempenho regional do PT e por classe foi sedimentado na gestão do presidente Lula. São números que se mantiveram”, diz o cientista político.
O Instituto Paraná Pesquisas fez um terceiro cenário de presidenciáveis, hoje mais improvável, colocando o senador paranaense Alvaro Dias como candidato do PSDB numa disputando com Dilma, Marina e Campos. Nessa simulação, Alvaro teria 5,66% contra 36,7% de Dilma; 27,3% de Marina e 9,81% de Campos. 
 O Paraná Pesquisas ouviu 2.550 eleitores em 177 municípios do país entre os dias 24 e 30 de junho – já após o início dos protestos pelo país. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
 INFOGRÁFICO: Confira os números da possível disputa pela Presidência da República

5,66% é o porcentual de eleitores que citaram o senador paranaense Alvaro Dias (PSDB) como candidato a presidente em quem votariam. Nesse cenário, Dilma ficaria com 36,7%, Marina teria 27,3% e Eduardo Campos, 9,81%.


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