18/07/2013

Segundo o Gaeco, os homens foram levados para outro estado.
Ministério Público investiga tortura de policiais contra os quatro homens.

Os quatro homens que foram apontados pela Polícia Civil do Paraná de serem os autores do assassinato da adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, foram incluídos no Programa de Proteção à Testemunhas, nesta quinta-feira (18). De acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), promotor Leonir Batisti, eles foram levados para outro estado.
Ao todo, 14 pessoas tiveram a prisão decretada por suspeita de torturar os quatro homens, que chegaram a confessar o crime. Em depoimentos posteriores à confissão, eles disseram que só assumiram a autoria da morte da adolescente porque foram vítimas da violência de policiais.

Nesta quinta, foi apresentado ainda o resultado do segundo exame de lesões corporais feito pelos quatro suspeitos. O exame apontou ferimentos compatíveis com situações de tortura, como marcas nos punhos provocadas por algemas, até violência sexual.
Das 14 pessoas com mandado de prisão, Batisti confirmou que oito já foram detidas. Segundo ele, ainda é aguardada a prisão do delegado Silvan Rodney Pereira, que chefiava a Delegacia de Colombo. Apesar do pedido de prisão, o advogado dele, Claudio Dalledone Júnior, afirmou que o cliente não participou de qualquer sessão de tortura.
Grupo não foi inocentado
Batisti disse também ao G1 que os quatro homens apontados como autores do estupro seguido de homicídio ainda não foram inocentados. O ingresso deles no programa de proteção é referente apenas ao caso de tortura, mas eles continuam sendo investigados pela participação no crime contra Tayná. “Essa situação não é avaliada. Foi avaliada a necessidade de segurança. Nesse processo por tortura, os depoimentos deles são importantes”, explicou o promotor.

Os homens estão soltos desde segunda-feira (15), por falta de provas, segundo o MP. Um exame de DNA feito no sêmen encontrado na roupa de Tayná mostrou que o material não era compatível com nenhum dos suspeitos presos pela polícia.
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse, na manhã de segunda-feira, que todos os policiais suspeitos de cometer tortura "serão punidos".
Entenda o caso
Tayná morava com a família em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela desapareceu no dia 25 de junho. O corpo foi encontrado três dias depois por moradores em um terreno em frente a um parque de diversões. O crime da adolescente chocou os moradores do bairro, que protestaram e  provocaram um incêndio no parque de diversões.

A mãe de Tayná, Cleuza Cadomá da Silva, relatou que a filha tinha saído de casa para ir até a casa de um amigo. Como ele não estava em casa, a garota seguiu para a casa de uma amiga. Tayná chegou a mandar uma mensagem de texto pelo celular para a mãe dizendo que estava voltando para casa, mas desapareceu. "Esse crime não vai ficar impune porque eu não vou deixar. Eu sempre vou correr atrás, eu quero notícia, eu quero informação (...). Meu coração está despedaçado", desabafou.


 http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2013/07/suspeitos-de-matar-tayna-sao-incluidos-em-programa-de-protecao.html

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