30 de Agosto de 2013
A fonte principal de uma denúncia contra o
programa que visa levar médicos a regiões remotas do País, publicada na
Folha, é filiada ao PSDB; Desirée de Sá Barreto, secretária-adjunta de
Saúde de Barbalho (CE), afirmou ao jornal que médicos brasileiros serão
substituídos por cubanos, uma vez que, assim, a prefeitura deixará de
gastar com os salários dos profissionais; em resposta, o Ministério da
Saúde afirmou que as prefeituras que agirem desse modo serão excluídos
do Mais Médicos; com a entrevista de Desirée à Folha, criou-se a
percepção de que médicos estrangeiros estão tomando postos de
brasileiros, quando o objetivo é justamente levá-los a regiões que não
atraíram o interesse de profissionais daqui
247 – Uma denúncia contra o programa Mais
Médicos, divulgada nesta sexta-feira pela Folha de S.Paulo, tem o
carimbo do PSDB. O jornal informou ter identificado 11 cidades de quatro
Estados que pretendem demitir médicos contratados pela Prefeitura a fim
de substituí-los por profissionais do programa do governo federal,
cujos salários serão totalmente bancados pela União. Desta forma, fariam
economia nos cofres municipais, trocando o que seriam seus gastos por
custos para o governo federal. O problema é que a principal fonte da
reportagem é do ninho tucano."Eles só serão dispensados quando os novos se apresentarem, para poder fazer a permuta", disse à Folha a secretária-adjunta de Saúde do município de Barbalha, no Ceará, Desirée de Sá Barreto. Desirée, que também é presidente do Conselho Municipal de Saúde, é filiada ao PSDB, segundo o TRE-CE, que possui seus dados de quando foi eleita vereadora na cidade. Sua proposta é apoiada pelo secretário da Saúde de Barbalha, Caio Melo, que declarou: "Se fosse possível, botaríamos todos [pelo] Mais Médicos, porque não teríamos o custo do salário mensal dos profissionais".
A prática foi considerada inaceitável pelo Ministério da Saúde, que garantiu que a cidade que fizer esse tipo de troca de médicos será excluída do programa. "Os municípios que insistirem nessa questão [de substituição] nós vamos visitar e, se observada essa prática, os médicos serão remanejados e esses municípios serão excluídos do programa", disse hoje o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, após a publicação da denúncia.
Como se vê, o PSDB não apenas é um forte crítico do programa lançado no início de julho pela presidente Dilma Rousseff, que visa levar médicos brasileiros e estrangeiros a regiões pobres do País, como aparentemente pretende sabotar a iniciativa, ajudando a alimentar a percepção de que médicos estrangeiros estarão tomando vagas de brasileiros.
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/113420/
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