8.set.2013

Crise no mundo árabe

A crise na Síria

- Mulher libanesa, membro do Partido Social Nacionalista Sírio, leva o filho com as cores da bandeira síria no rosto durante manifestação contra uma possível ação militar contra o país árabe, diante dos escritórios das Nações Unidas, em Beirute, no Líbano, neste domingo (8)
A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal aliança de oposição, denunciou neste domingo (8) que o regime de Damasco realizou recentemente um ataque com "gás estranho" na capital e bombardeou uma hidrelétrica no rio Eufrates em Deir ez Zor, no leste do país.

O uso de gás teria acontecido durante um ataque do Exército no sábado contra regiões residenciais do bairro de Al Qabun, segundo a CNFROS, que não informou se houve vítimas.

'Não fui eu', diz Assad

A ativista imã Al-Huda, moradora da periferia de Damasco, disse à agência Efe que o Exército empregou em Al Qabun "bombas de cloro", misturada a outros componentes. Segundo ela, estas bombas não têm material químico e não representam perigo, embora causem paralisias e irritação nos olhos.

O regime utiliza estas bombas para obrigar os rebeldes a se retirarem, já que não pode atacar Al Qabun com artilharia pesada por conta de a região estar muito próxima do centro de Damasco.

O porta-voz da ONU em Damasco, Khaled Masri, afirmou à Agência Efe ter conhecimento desta denúncia, mas que não conseguiram confirmá-la, em um momento no qual o suposto uso de armas químicas pelo regime é utilizado para justificar uma intervenção militar estrangeira.

Veja veículos de guerra que podem ser usados em caso de retaliação à Síria

Caça bombardeio americano F-15E Strike Eagle decola durante uma missão de treinamento de "tiro ao alvo" na base aérea Seymour Johnson, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, em abril de 2012. Estados Unidos e outras potências ocidentais têm alertado para ataques militares iminentes contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, após uma suspeita de ataque com armas químicas que mataram centenas de civis, incluindo dezenas de crianças, nos subúrbios de Damasco em 21 de agosto
Quanto à hidrelétrica no Eufrates, a maior da Síria, a CNFROS explicou que as Forças Aéreas lançaram barris com explosivos no local. A coalizão advertiu em comunicado que este bombardeio abre um "perigoso precedente" e põe em perigo a vida de milhares de pessoas.
"Depois do uso de armas químicas, [o presidente Bashar] al-Assad embarca em outro desastre humanitário. Se a hidrelétrica for derrubada pelos bombardeios, milhares de pessoas, se não milhões, podem perder a vidas", denunciou.
A guerra civil na Síria, que começou em 2011, causou mais de 100 mil mortos, 2 milhões de refugiados e 4,2 milhões de deslocados internos, segundo dados da ONU.

Protestos a favor e contra a intervenção na Síria 

 - Manifestantes seguram cartaz caracterizando o presidente dos Estados Unidos, como o personagem Capitão América, durante protesto em Kafr Nabil, na província de Idlib, no norte da Síria, a favor de uma possível intervenção militar dos Estados Unidos no país. Os Estados Unidos demonstraram intenção de atacar a Síria após um ataque químico que matou mais de mil pessoas, inclusive crianças, em agosto
 

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