Numa das conversas, em 24 de junho, Elisa diz a um homem chamado Igor --provavelmente Igor D'Icarahy, que também deixou a prisão na noite desta quinta-feira (24)--, que está "pensando em exílio". "Acho que vou aceitar ir para Inglaterra com Mohamed para fazer as denúncias do que está acontecendo aqui. Porque ia ser uma espécie de caos, né? Eu me exilar agora, depois da Copa, antes das eleições", diz Elisa.
Ela ressalta que ouviu advogados em São Paulo e no Rio, que não concordaram com a ideia. Igor também discorda e diz que prefere esperar para saber do que se trata o inquérito policial, que vinha sendo tocado em sigilo pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática. Ele chega a falar que não se confirmaram "prognósticos alarmistas de prisão em massa".
Encontro entre ativistas e jornalistas termina em tumulto
- "Esperar é meio burrice. Mohamed naquela época falou isso, inclusive na frente do Marino. É melhor eu solta, fazendo as coisas. E exílio tem poder político muito forte. Imagina uma pessoa ser exilada agora, se a gente fizesse uma boa campanha, um escarcéu internacional. A perseguição que eu estou vivendo não vai acabar, Igor. Tinha um policial na porta da minha casa", reage a ativista.
Elisa estava em Porto Alegre, afastada das atividades durante a Copa. Ela foi presa lá, quando a operação Firewall foi deflagrada, em 12 de julho, véspera da final da Copa.
Três ativistas brasileiros pediram nesta segunda-feira (21) asilo
político no consulado do Uruguai no Rio de Janeiro depois de o tribunal
de justiça decretar a prisão preventiva contra eles, acusados de
"formação de quadrilha" por causa da participação nos protestos que
começaram no ano passado no país. A polícia aguarda ao lado de fora do
local para prender os ativistas. A advogada Eloísa Samy foi ao consulado
do Uruguai, acompanhada de David Paixão e Camila Nascimento, em busca
de asilo... Leia mais
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