Não é preciso dizer muito. Os recém-divulgados números das pesquisas Datafolha e Ibope falam por si: Marina Silva atingiu o teto e começa a cair. Aos números, pois.
Na pesquisa Ibope anterior, divulgada no dia 26, há cerca de uma semana, em primeiro turno Aécio Neves tinha 19%, Marina tinha 29% e Dilma Rousseff tinha 34%. Em simulação de segundo turno, Marina venceria Dilma por 45% a 36% – 9 pontos de vantagem para a candidata de oposição.
Na nova pesquisa Ibope, Dilma sobe três pontos e Marina, 4. Aécio cai 4 pontos – tinha 19% e, agora, 15%. Porém, a grande questão é o segundo turno. A vantagem de Marina sobre Dilma caiu para 7 pontos (46% a 39%). Dilma subiu 3 pontos e Marina, 1.
Na nova pesquisa Datafolha, a situação de Dilma melhorou ainda mais em relação à pesquisa anterior. No primeiro turno, só Dilma oscilou para cima (1 ponto), para 35%. Marina ficou estagnada com os mesmos 34%. Mas, no segundo turno, a vantagem de 10 pontos de Marina, caiu para 7 (48% a 41%).
Para quem lê este Blog – e acredita no que lê –, não houve surpresa. Há quatro dias, o post A única certeza é a de que o PSDB acabou já tratava de recomendar aos antipetistas fanáticos que baixassem a bola porque Dilma continua no jogo; só quem está fora, é Aécio. Naquele post foi antecipado que Marina tinha atingido o teto.
E não é a redução da comoção pela morte de Eduardo Campos que já vai cedendo lugar à racionalidade, é que Marina não diz nada ou diz premissas contraditórias. Aos poucos, conforme vai ganhando importância, as pessoas começam a levá-la a sério e a prestar atenção ao que diz e não só na imagem que forjou.
E é ai que mora o perigo. Para ela.
A posição dúbia sobre direitos dos homossexuais pegou mal, mas a posição espantosa de Marina em relação ao pré-sal e a tal “roleta bíblica” (essa senhora diz que toma decisões importantes abrindo aleatoriamente a Bíblia) assustaram até a mídia e o PSDB.
E o empresariado foi atrás.
Marina é uma fraude. E o pior é que não é uma fraude proposital. Ela acredita mesmo nas coisas que diz. Inclusive que poderia governar sem programa, sem apoio de uma base política e de um partido sólidos.
O país não entrará nessa aventura a esta altura do campeonato. Dilma está no jogo. E para vencer.

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