
Richa diz não ter compromisso de acomodar aliados no governo
Governador reuniu jornalistas no Palácio Iguaçu e disse esperar tratamento respeitoso do governo federal
Em
entrevista coletiva convocada nesta segunda-feira (27), na sede do
governo em Curitiba, para comentar o resultado da eleição presidencial, o
governador Beto Richa (PSDB) disse que vai anunciar seu novo
secretariado “de uma única vez no final de dezembro”.
De acordo com Richa, as mudanças serão pequenas. Como já
havia declarado durante a campanha eleitoral, o governador admitiu que o
número de secretarias pode diminuir. Órgãos com “atividades
sobrepostas” deverão ser reunidos em uma única estrutura.
O governador disse não se sentir pressionado pelos partidos – 16
siglas, além do PSDB, fizeram parte da coligação tucana – a acomodar
aliados no governo. “Sempre construí alianças programáticas, nunca
loteamos o governo para obter apoio”, afirmou. De acordo com Richa, a
qualificação técnica, a seriedade e o espírito de equipe irão pesar na
escolha dos nomes. “Não tenho compromisso com os partidos que me
elegeram de acomodá-los em cargos na administração”, garantiu.
Quanto à base aliada na Assembleia Legislativa (Alep), apesar de
admitir que tem sido procurado por deputados interessados em assumir a
presidência da Casa, o governador afirmou que não vai interferir no
processo de escolha da Mesa Diretora. “Torço pela vitória de um aliado,
mas não vou interferir”, garantiu.
Diálogo
Assim como fez Dilma Rousseff (PT) ao discursar em comemoração à
reeleição para a Presidência no domingo à noite, Richa também afirmou
que, com o fim das eleições, “todos devem descer do palanque”. O
governador disse estar pronto para retomar o diálogo com a presidente
reeleita. Durante todo o seu primeiro mandato, Richa acusou o governo
federal de discriminar o Paraná. “Isso não sou eu que estou dizendo, foi
a imprensa que divulgou. Não era um tratamento respeitoso, digno”,
acusou.
O governador, porém, disse acreditar no discurso da presidente, que
defendeu o diálogo entre vitoriosos e derrotados. “[Dilma] disse que
quer unir o Brasil e isso é o que estamos buscando”, afirmou.
O governador disse que o PSDB sabia das dificuldades em enfrentar
Dilma, por se tratar de candidata à reeleição, mas o candidato do
partido, Aécio Neves, “entrou para vencer”. De acordo com Richa, “[Aécio
sai da eleição] maior do que entrou. É a maior referência da oposição
no Brasil”, afirmou. Convocando o aliado para liderar os opositores,
Richa defendeu uma oposição “construtiva e em defesa do interesse de
todos os brasileiros”.
Contenção de gastos
Sobre a resolução baixada na semana passada, obrigando a administração direta e indireta a reduzir em 30% os gastos com custeio – como combustível, telefone, energia elétrica e manutenção de veículos e equipamentos - até o fim de janeiro de 2015, Richa disse se tratar de uma prática comum de sua administração.
Sobre a resolução baixada na semana passada, obrigando a administração direta e indireta a reduzir em 30% os gastos com custeio – como combustível, telefone, energia elétrica e manutenção de veículos e equipamentos - até o fim de janeiro de 2015, Richa disse se tratar de uma prática comum de sua administração.
De acordo com o governador, em anos anteriores a ordem era economizar
15%. Mas, como os órgãos superaram a meta, desta vez a decisão foi
pelos 30%.
O governador admitiu, porém, que o Paraná “não é uma ilha” e também sofre com “a recessão técnica, o desemprego e a desindustrialização [do país]”.
O governador admitiu, porém, que o Paraná “não é uma ilha” e também sofre com “a recessão técnica, o desemprego e a desindustrialização [do país]”.
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