O meu silencioso protesto
De Miss Marple:
Em tempos de protestos, fico aqui pensando em quantos maringaenses veladamente protestam contra aquilo que é um enigma em nossa cidade, o enigma da impunidade.
Como sou uma cidadã comum, sem respaldo de provas (não sou polícia nem Ministério Público), de advogados e de colete a prova de balas, me dou o direito de apenas divagar.
Fico imaginando a “sorte” que alguns políticos têm anjo da guarda reforçado ou testas de ferro de aço, algo que funciona muito bem, diferente do que seria para nós, cidadãos pagadores de impostos.
Eu falo, tu falas, ele fala...todos nós falamos e conhecemos as suas falcatruas, sabemos de seus meios inescrupulosos de se beneficiar seja lá do que for, de não medir consequências para chegar onde quer, de mandar e desmandar em quem for preciso, ele é lei, o dono do cercado e isso basta.
Nos filmes de faroeste a lei da cidade é própria, tem o xerife que nunca manda em nada, tem o dono da cidade que dita as regras e tem “os de sempre” que nasceram pra obedecer (talvez não se sentiriam bem estando em outra posição)Longe de mim achar que em nossa cidade as coisas são assim, mas que as vezes parece, ah parece!
E eu e você, o que somos nessa história que não é gato e rato, só de rato? Somos espectadores, protestantes silenciosos, impotentes diante da justiça que gosta de ser cega, somos parte deste cercado de injustiças, esperando ansiosos pelo dia que os nossos grandes xerifes, aqueles que tem o poder de investigar, julgar e condenar, aqueles que podem algemar o cidadão errado, abrir de volta o nosso cercado e voltarmos a ser uma cidade livre, pois não existe cidade livre onde funciona a lei de um só, a terra de um dono só, Maringá não é fazenda.
Maringá é do povo maringaense, precisamos de bons governantes e representantes e não de gente que o melhor sentimento que tem é o amor ao próprio umbigo. Não reparem o Maranhão de Sarney, libertemo-nos primeiro.
E me chamem para este protesto!
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