Lendo o noticiário está começando a ficar difícil distinguir as páginas políticas das páginas policiais, com a bandidagem em pleno exercício da periculosidade.
O presidente da Câmara dos Deputados, que deveria ser cidadão acima de qualquer suspeita, coleciona mais de duas dezenas de processos tramitados em julgado e com sentenças condenatórias, contando em seu currículo uma troca de tiros com quadrilha rival, na zona portuária do Rio de Janeiro, quando o seu sócio, numa emisora de rádio gospel, levou um tiro na perna.
Agora, investido de poder, desconhece a Constituição, como sempre desconheceu os Códigos Civil e Penal, fazendo o que quer, como quer e quando quer.
Denunciado, mais uma vez, por corrupção mediante extorsão e chantagem, o delinquente em questão mandou que homens de sua confiança ameaçassem a família do seu denunciante, via telefone ou pessoalmente, além de postar pessoas próximas à residência do doleiro Youssef, impondo o desequilíbrio psicológico à sua esposa e filha, o que caracteriza terrorismo.
Por fim, da mesa diretora do parlamento brasileiro, lugar onde só deveria ter ter assento os homens honrados, em mais uma chantagem, brande aos quatro ventos que morrerá abraçado com muitos(sic), no sórdido e vil jogo da dedoduragem.
Pois que não se intimide o Procurador Geral da República, a própria presidente da República, não porque haja desconfianças sobre si, mas porque as denúncias podem atingir altos escalões, o Ministério Público, o partido do governo, a base aliada e toda a militância.
Bandidos têm que ser tirados de circulação, seja por prisão pura e simples, sem resistência, ou enfrentando-se a resistência, ainda que custe baixas entre os que estão ao lado da legalidade.
Vimos muitos dos nossos tombarem, alguns até de maneira injusta, sem que o governo movesse uma palha, para ajudá-los, o que deu moral e fôlego para, cinco séculos de história depois, continuarmos devassando os subterrâneos da política, fazendo uma faxina.
Começamos em casa, no PT, estamos no PMDB e logo será o PSDB e demais partidos, porque ladrão é ladrão e político é político.
Não serão chantagens e ameaças de ratos desesperados que impedirão a continuidade da iniciativa histórica.

Francisco Costa
Rio, 24/08/2015.

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