14/09/2015 

Veja as 9 medidas de corte de gastos anunciadas pelo governo

Ministros anunciam R$ 64,9 bi de corte de gastos e aumento de receita.
Medidas de cortes somam R$ 26 bilhões.


 
Desse total, R$ 26 bilhões referem-se a corte de gastos num total de 9 medidas, envolvendo adiamento do reajuste dos servidores públicos, suspensão de concursos, redução de gastos no Minha Casa, Minha Vida e no PAC, entre outras.
Confira abaixo as 9 medidas:
- Adiamento do reajuste dos servidores, R$ 7 bilhões
- Suspensão de concursos, R$ 1,5 bilhão
- Eliminação do abono de permanência, R$ 1,2 bilhão
- Implementação do teto remuneratório do serviço público, R$ 800 milhões
- Redução do gasto com custeio administrativo, R$ 2 bilhões
- Mudança de fonte do PAC - Minha Casa Minha Vida - R$ 4,8 bilhões
- Mudança de fonte do PAC, sem Minha Casa Minha Vida - R$ 3,8 bilhões
- Cumprir o gasto constitucional com Saúde, R$ 3,8 bilhões
- Revisão da estimativa de gasto com subvenção agrícola - R$ 1,1 bilhão.
Governo anuncia 9 medidas de corte de gastos anunciadas pelo governo (Foto: Divulgação)Governo anuncia 9 medidas de corte de gastos anunciadas pelo governo (Foto: Divulgação)
A decisão, que foi anunciada pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, representa recuo em relação à posição adotada anteriormente. Na semana retrasada, Dilma havia dito que o governo cortou "tudo o que poderia ser cortado".
Reajuste de servidores e concursos
Entre as medidas anunciadas, está o adiamento do reajuste do salário dos servidores públicos até agosto do ano que vem. Sem essa medida, os salários seriam corrigidos em janeiro de 2016. Com essa medida, o governo espera um impacto de R$ 7 bilhões a menos nos gastos públicos.

Além disso, também haverá suspensão de concursos públicos, que estavam estimados em R$ 1,5 bilhão em gastos em 2016. O governo anunciou ainda uma redução de R$ 2 bilhões em despesas discricionárias com DAS (cargos comissionados). Outras medidas anunciadas prevêem redução de ministérios (R$ 200 milhões a menos) e limites para gastos com servidores menores (R$ 200 milhões a menos também).

Abono permanência
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciou que vai eliminar o chamado abono de permanência, que um benefício remuneratório pago a servidores que já atingiram a idade para se aposentar, mas que permanecem na função. A extinção do benefício tem que ser feita por proposta de emenda à Constituição.

“Vamos eliminar o abono de permanência. A previsão é que mais 123 mil servidores adquirirão nos próximos anos. No próximo ano, os gastos com o abono serão de R$ 1,2 bilhão de reais”, disse o ministro.

Minha Casa, Minha Vida, PAC e Saúde
O ministro do Planejamento anunciou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai sofrer corte no trecho que trata do Minha Casa, Minha Vida, em R$ 4,8 bilhões.
“Para que isso não comprometa a execução do programa a nossa proposta é que o FGTS direcione recursos para pagamento de parte das despesas do Minha Casa, Minha Vida, na faixa 1, que hoje não recebe recursos do FGTS”, disse Barbosa.
Segundo ele, também está prevista uma renegociação de contratos de aluguel, manutenção e segurança, entre outros, para economizar mais R$ 1,6 bilhão no ano que vem.
Outra medida anunciada é a redução de gastos em R$ 3,8 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (sem Minha Casa Minha Vida) e de mais R$ 3,8 bilhões em gastos com Saúde (a serem recompostos posteriormente com emendas parlamentares).

Objetivo das medidas anunciadas
O objetivo do novo bloqueio de gastos é tentar reequilibrar a peça orçamentária do ano que vem, que foi enviada ao Congresso Nacional, pela primeira vez, com déficit (despesas maiores do que receitas) e evitar novo rebaixamento da nota brasileira pelas agências de clasificação de risco. Na semana passada, o Brasil perdeu o grau de investimento da Standard & Poors.


http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/09/veja-9-medidas-de-corte-de-gastos-anunciadas-pelo-governo.html


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14/09/2015 

Vice Temer diz na Rússia ter certeza de que Dilma concluirá mandato

Vice-presidente falou com jornalistas após visitar uma feira em Moscou.
No dia 3, ele afirmou que seria 'difícil' Dilma resistir com baixa popularidade.


 
O vice-presidente Michel Temer viajou à Rússia com uma comitiva de ministros (Foto:  Romério Cunha / Divulgação Vice-Presidência)O vice-presidente Michel Temer (primeiro da esq. para a dir.), com os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia), Helder Barbalho (Pesca) e Eliseu Padilha (Aviação Civil), durante evento nesta segunda-feira em Moscou (Foto: Romério Cunha / Divulgação Vice-Presidência)
Em meio a uma visita oficial à Rússia, o vice-presidente da Republica, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira (14) que tem certeza de que a presidente Dilma Rousseff concluirá o seu mandato até 2018.
Primeiro nome na linha de sucessão da Presidência, Temer deu a declaração ao ser questionado por um jornalista sobre se Dilma está tendo uma "última chance" no governo. O peemedebista, então, destacou que, na opinião dele, a petista está se recuperando.
"A presidente está se recuperando cada vez mais e tenho certeza que terminará o mandato", ressaltou o vice.
A presidente está se recuperando cada vez mais e tenho certeza que terminará o mandato"
Michel Temer, vice-presidente da República
No início do mês, durante um debate com um grupo de empresários em São Paulo, o vice disse que, se Dilma não reverter os atuais índices de popularidade, será "difícil" resistir a mais três anos e meio de governo.
À época, a fala do vice gerou um mal-estar no governo. Diante da repercussão do caso, Temer chegou a divulgar nota oficial na qual repudiou as "teorias" de que ele estivesse agindo como conspirador.
Na semana passada, partidos da oposição e até da base governista – entre os quais PSDB, PPS, DEM, PSC, PMDB, PTB e SD –, lançaram, na Câmara dos Deputados, um "movimento" a favor da abertura de um processo de impeachment da presidente da República.
O grupo criou um site para coletar assinaturas de eleitores e parlamentares que defendem o afastamento da chefe do Executivo. O objetivo é reforçar os pedidos de abertura de processo de impeachment que aguardam decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Temer viajou à Rússia comandando uma comitiva de ministros brasileiros que tem o objetivo de atrair investimentos para o Brasil. Antes de falar com os jornalistas, o vice visitou um stand do Brasil em uma feira de alimentos na capital russa. Mais cedo, o peemedebista havia se reunido com o presidente da Duma, a Câmara dos Deputados da Rússia.
Cortes no Orçamento
Na rápida conversa com a imprensa em Moscou, o vice-presidente também foi questionado sobre a possibilidade de o governo voltar a anunciar cortes de despesas no Orçamento de 2016.

Na manhã desta segunda-feira, Dilma usou a reunião semanal de coordenação política para discutir o tamanho do novo corte de gastos. A expectativa é de que a tesourada presidencial alcance cerca de R$ 20 bilhões.
A presidente já havia se reunido no fim de semana com os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) para definir o enxugamento das despesas da União.
Na avaliação de Temer, os cortes, se forem confirmados, serão um "bom passo". "Acho que é uma oportunidade que foi pregada intensamente, no sentido de que se façam os cortes. Mas os cortes não estão definidos ainda. Se houver cortes, acho que será um bom passo. Será um atendimento a vários setores que pleiteiam justamente cortes no Orçamento", enfatizou.
Apesar do esforço da presidente da República para deixar os programas sociais de fora dos cortes, integrantes do primeiro escalão a advertiram da dificuldade de zerar o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto quando o Orçamento foi enviado ao Congresso Nacional.


http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/09/na-russia-temer-diz-ter-certeza-que-dilma-termina-o-mandato.html

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