24/04/2014

Presença de substância branca, que seria soda cáustica, também é nítida.
Peritos realizaram análises nesta quinta em cova onde menino foi achado.


As últimas horas de vida Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, achado morto no dia 14 em um matagal, se passaram em dois veículos, de acordo com a Polícia Civil.  O inquérito sobre o caso indica que ele viajou com a madrasta Graciele Ugolini para Frederico Westphalen, no norte do Rio Grande do Sul, em uma caminhonete, e foi levado para o local onde teria sido assassinado em um automóvel de cor prata. Nos porta-malas de ambos os veículos ainda é possível visualizar resquícios de terra, atualmente sob análise de peritos, como mostra o RBS Notícias (confira no vídeo).
Além disso, manchas de uma substância branca também são nítidas nos carros. Segundo a  polícia, a assistente social Edelvania Wirganovickz, presa ao confessar participação na morte, disse que soda cáustica foi jogada no corpo de Bernardo antes de ele ser enterrado. A suspeita é de que o material químico, usado para acelerar a decomposição do corpo, tenha originado as manchas.
Análise de peritos irá definir desfecho final de inquérito (Foto: Reprodução/RBS TV)Análise de peritos irá definir desfecho final de
inquérito
O garoto foi encontrado morto na localidade de Linha São Francisco, a cerca de 80 km de Três Passos, onde ele morava. Bernardo estava desaparecido desde 4 de abril. O pai do menino, o médico Leandro Boldrini, a madrasta e Edelvania, amiga da mulher, estão presos temporariamente por suspeita de envolvimento no crime.
Durante esta quinta-feira (24), uma equipe de peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) dedicou o dia para analisar os indícios nos veículos e na cova. Um outro carro, que também era usado pela madrasta de Bernardo, foi apreendido e será periciado em Porto Alegre.
Imagens de câmeras de segurança de um posto de combustível também podem ajudar a esclarecer o crime. Segundo a polícia, os vídeos mostram o momento em que a caminhonete preta estacionou com a madrasta e Bernardo no dia 4 de abril.
Os dois desceram e encontraram Edelvania, que aguardava em um restaurante. Em seguida, os três entraram no veículo prata e foram embora. Horas depois, o carro retornou e Bernardo não estava mais com as duas mulheres.
Análise em cova
As amostras de terra, fungos, larvas e outros materiais recolhidos pelos peritos do IGP serão enviadas para análise e podem servir de prova no caso sobre a morte do menino. 

Peritos cova Bernardo Frederico Westphalen (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)Garoto de 11 anos foi encontrado em matagal após
10 dias desaparecido
Os técnicos do IGP passaram o dia refazendo o trajeto que teria sido feito pela madrasta e pela assistente social no dia do crime. Pela manhã, os peritos foram até a casa onde a família residia em Três Passos. Acompanhada da Polícia Civil, a equipe ficou do lado de fora, tirou fotos e fez anotações. Em seguida, eles visitaram uma loja de autopeças, onde também tiraram fotografias, antes de seguirem para Frederico Westphalen.
Na outra cidade, os peritos visitaram o apartamento de Edelvania e um posto de combustível próximo ao local. No dia 4 de abril, segundo a polícia, as câmeras de segurança do estabelecimento registraram imagens das duas mulheres saindo de carro com o menino e voltando cerca de duas horas depois sem ele. Os peritos refizeram o suposto trajeto percorrido pelas suspeitas e anotaram dados como distância percorrida e tempo para análise.

Entenda
Bernardo foi visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.
"O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada", relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.
O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. Na segunda-feira (14), o corpo do garoto foi localizado em Frederico Westphalen.
De acordo com a delegada Caroline Virginia Bamberg, responsável pela investigação, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino, mas resta esclarecer como se deu a participação de cada um.

 http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/04/manchas-de-terra-sao-visiveis-em-veiculos-que-transportaram-ber

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