11/11/2014
Beto Richa nada tem a ver com o governo Paraná e o governo do Paraná nada tem a ver com Beto Richa. Esta é imagem que vem se consolidando na cabeça dos professores do estado ao tomarem conhecimento de que as universidades estaduais estão suspendendo o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), destinado à formação e aprimoramento do corpo docente, devido à falta de recursos.
Richa está em alto mar, no Mar do Caribe, rumando para Miami e Orlando, terra do Mickey Mouse, nos Estados Unidos. Talvez ele não saiba do que esteja ocorrendo no Paraná, aliás, talvez ele ache que não tem nada a ver com isso.
O Palácio Iguaçu está acéfalo e às moscas, pois o vice-governador Flávio Arns (PSDB) embora considerado “café com leite” faz viagem internacional. Cumpre agenda em Montevidéu, no Uruguai, e o cargo caiu no colo do deputado Valdir Rossoni (PSDB), que “administra” o estado como se fosse o pequeno município de Bituruna. O Paraná é Bituruna e pouquinho mais.
Nesta segunda-feira (10), a professora Wanda Terezinha Pacheco dos Santos, coordenadora do PDE na Unicentro de Guarapuava, anunciou que o PDE foi interrompido devido a calote do governo do estado. Antes, porém, Unioeste (Cascavel) e UEL(Universidade Estadual de Londrina) também haviam suspendido o processo de formação docente pelo mesmo motivo: “não cumprimento do plano de aplicação financeira”, ou seja, em português claro, por causa do calote.
Também está prestes a explodir protestos nos campi da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), que, segundo seus pró-reitores e diretores, vive situação de precarização devido ao completo abandono pelo governo do estado.
Os professores, outrora homenageados, parecem estar vivendo um inferno astral. Estão sem moral no governo Beto Richa e até andam levando surra na Assembleia Legislativa do Paraná

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Governo Richa repete Álvaro Dias ao massacrar professores no Paraná

“O povo foi covardemente agredido na ‘Casa do Povo”, lamentou o deputado estadual Professor Lemos (PT), ao relatar o massacre ocorrido no dia (4) à tarde na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) durante votação de lei que pôs fim à eleição direta para diretor de escola.
Além de massacrar a democracia, o deputado Valdir Rossoni (PSDB), que presidia a sessão, determinou o espancamento de quatro educadores que protestavam nas galerias da Casa. Eles precisaram de socorro médico.
A APP-Sindicato relacionou a pancadaria de ontem ao massacre dos professores pela cavalaria e batalhão de choque do ex-governador Álvaro Dias em 1988. Hoje o tucano paga de golpista e de “reserva moral” no Senado da República.
Não são apenas Álvaro e Rossoni que usam da truculência para impor sua vontade à maioria. O governador Beto Richa (PSDB) também tem sua culpa pelos espancamentos na ALEP, haja vista que ele deu as ordens – via mensagem — para suprimir a democracia nas escolas. A maioria parlamento cumpre o que manda o Palácio Iguaçu.
Vinte e seis anos depois, a história se repete no Paraná.
Moral da História: Richa acabou com a eleição direta nas escolas, permitiu que se batesse nos professores, e viajou em férias para os Estados Unidos.


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