Dep. Federal Enio Verri
A ditadura militar, cujo término foi tão comemorada no fim da
década de 80, parece trazer saudades a velhos conhecidos do autoritarismo e
falsas esperanças a uma parcela da juventude brasileira, que pouco vivenciou,
mas enraizou os ódios de classe e raça comumente encontrados por toda a nossa
história.
As manifestações pró-intervenção militar, a indignação seletiva
às violências, a recusa ao decreto que concedia mais poder aos conselhos
participativos e as agressões a nordestinos, pobres
e minorias não só ferem a Constituição Federal, como revelam os perigos com que
a democracia brasileira convive.
É o risco de uma sociedade que sai às ruas pedindo serviços
públicos de qualidade e maior participação na política brasileira, mas que se
esconde por trás de velhas práticas politicas e conservadoras que se mostraram
ineficazes e excludentes. Ressalta-se a raiva contra as políticas de inclusão
social e educacional, dentre outras conquistas advindas dos Governos do Partido
dos Trabalhadores (PT).
O conservadorismo que se alastra pelo Brasil reforça a
necessidade de um governo mais à esquerda e alinhado aos movimentos sociais,
sindicais, de gênero, entre outros setores importantes da sociedade. É hora de
aprofundarmos as conquistas sociais e econômicas, mas também, de realizarmos as
grandes reformas que o Brasil tanto necessita.
Nos oito anos do Governo de Lula e nos quatro primeiros de
Dilma, conseguimos superar barreiras que tanto assombravam nosso País.
Extirpamos a miséria, consolidamos a economia nacional, levamos desenvolvimento
às nossas cidades e elevamos o Brasil à condição de protagonista internacional
no campo da justiça social. Conquistas nunca antes imaginadas e inclusive
repudiadas pelos setores ligados ao conservadorismo. Fechamos um ciclo de
desenvolvimento importante para abrir um novo momento de mais mudanças e mais
futuro.
É por isso que o Partido dos Trabalhadores ao lado da presidente
Dilma Rousseff defende as reformas política, agrária e urbana, a regulamentação
econômica dos meios de comunicação e as ampliações da participação popular e da
garantia de direitos dos trabalhadores e de grupos excluídos da sociedade. Em
suma, defendemos um País estruturalmente mais forte, justo e consolidado
democraticamente.
Uma batalha árdua que envolve a disputa histórica entre o povo
contra as elites e os meios de comunicação de massa. Mas não tenho dúvidas: se
há mais de uma década a esperança tem vencido o medo, a solidez de nossa
democracia garantirá que o povo brasileiro não seja derrotado.
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