EDITORIAL,,,ENIO VERRI
O lamentável preconceito às minorias brasileiras que
publicamente se agrava a cada eleição presidencial parece não ter fim.
Escondidos nas redes sociais ou através dos privilégios da classe social,
alguns sujeitos ofendem a nortistas, nordestinos, pobres, homossexuais, entre
outros grupos muitas vezes banalizados.
Os insultos impulsionados pela derrota democrática do
conservadorismo expressado pela figura do candidato tucano, Aécio Neves, apenas
jorra o ódio de uma elite travestida nos grandes
meios de comunicação e setores tradicionais da sociedade que não aceitam a
melhora de vida de milhões de brasileiros.
São ditos brasileiros que se incomodam em dividir o
aeroporto com o porteiro do prédio em que moram, com a diarista que usa o mesmo
perfume importado e com o carro financiado na Caixa pela sua secretária. São
estes que transferem toda sua fúria sobre os programas sociais que elevaram o
nosso País a um patamar respeitado mundialmente.
Uma triste notícia para esta minoria, os
programas sociais funcionam. E pior! Não são compostos por “vagabundos”. Um bom
exemplo é o Programa Universidade para Todos (Prouni), implantado pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ampliado pela presidente Dilma
Rousseff.
Segundo estudo da Associação Brasileira
para o Desenvolvimento do Ensino Superior (Abraes), os alunos das faculdades
particulares com bolsa integral do Prouni são responsáveis pelas melhores notas
médias no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).
A pesquisa, que cruzou as notas do exame
de 2010, 2011 e 2012 com os dados socioeconômicos, comprovou que o desempenho
dos bolsistas integrais é superior aos mais ricos e alunos das universidades
públicas, provando que a meritocracia não garante o acesso ao ensino superior
aos mais pobres.
Enquanto a média nacional foi de 43,19
pontos, a dos estudantes com Prouni foi de 49,35, quase dois pontos superior
aos discentes das instituições públicas que alcançaram 47,87. Desde 2005, foram
concedidas quase 1,5 milhão de bolsas. Destas 70% são integrais, ou seja,
destinadas a quem tem renda familiar de até 1,5 salários mínimos.
A pesquisa ainda revelou que mesmo com
renda média e escolaridade menor, os bolsistas integrais do Prouni se dedicam
mais aos estudos fora da sala de aula se comparados aos alunos das
universidades públicas. Um total de seis horas por dia.
A pesquisa não é somente a comprovação que
o Prouni é uma política pública eficiente que abriu as portas do ensino
superior a milhares de brasileiros, nem apenas mais um indício que o Brasil
está cada vez menos injusto. É mais do que isso. É uma ruptura na luta de
classe que há mais de 500 anos divide o País.
Pois bem, a elite rancorosa pode até
reclamar, chorar e se debater. Mas novamente, a esperança venceu o medo e o
ódio e, garantiu mais quatro anos de transformações sociais e avanços de
direitos a todos os brasileiros.
0 comentários:
Postar um comentário