Domingo, 29 de março de 2015
A presidenta Dilma Rousseff estará no município de Capanema (PA), nesta segunda-feira (30), para entregar 1.032 unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). A estimativa é beneficiar mais de 4.100 pessoas com a entrega das novas casas.

Os
apartamento têm área privativa de 39,22 m² e são divididos em dois
quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. Fotos: Adriana
Machado – Gabinete Digital/PR
O empreendimento, denominado Conjunto
Habitacional José Rodrigues de Sousa, é destinado a famílias com renda
de até R$ 1,6 mil e recebeu investimento de R$ 53,6 milhões. São 1.032
apartamentos distribuídos em 129 blocos de dois pavimentos e quatro
unidades por andar. Cada apartamento tem área privativa de 39,22 m²,
divididos em dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço,
com piso cerâmico em todos os ambientes.
O condomínio dispõe de duas praças, duas
quadras poliesportivas, dois playgrounds e um centro comunitário. O
residencial é equipado com infraestrutura completa, pavimentação, redes
de água, esgotamento sanitário, drenagem, energia elétrica e iluminação
pública. Este é o primeiro residencial construído pelo MCMV em Capanema,
município que fica a 160 km da capital paraense, Belém.
Mas, segundo o superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Evandro Lima, apesar de ser o primeiro empreendimento, outros moradores de Capanema já foram beneficiados pelo MCMV. “O
Programa Minha Casa Minha Vida já está presente em Capanema em outras
faixas de renda, por meio de iniciativas de pequenas construtoras
locais, que têm feito esses imóveis com financiamento da Caixa e os
subsídios do programa”, afirma. Em Capanema, já foram entregues
1.496 unidades habitacionais, enquanto em todo o estado do Pará são
46.473 unidades, beneficiando 185 mil pessoas
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Sábado, 28 de março de 2015
Ao contrário do que dizem, número de filhos de beneficiários do Bolsa Família tem diminuído
Do Ministério do Desenvolvimento Social
Os números de filhos até 14 anos por mulher, colhidos nas sucessivas edições da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad),
do IBGE, mostram que não passa de preconceito a visão de que as mães
beneficiárias do Bolsa Família procuram ter mais filhos para receber
mais dinheiro do governo. O pagamento por filho até 15 anos de idade é
de R$ 35 mensais. O valor pode chegar até R$ 77, no caso das famílias
extremamente pobres, sem nenhuma renda.

Dados da Pnad mostram que mães nordestinas e pobres têm, em média, dois filhos. Foto: Ubirajara Machado/MDS
“Atribuem aos mais pobres um
comportamento oportunista em relação à maternidade, como se essas mães
fossem capazes de ter mais filhos em troca de dinheiro. Isso é puro
preconceito”, analisa a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. “Quem
diz isso não pensa quanto custa ter um filho. É óbvio que este valor
não paga o leite da criança e as despesas que virão depois. Além disso, o
preconceito parte do princípio de que o que move as pessoas para a
maternidade ou a paternidade é apenas uma motivação financeira”.
Os motivos da queda da fecundidade vêm
sendo analisados no Brasil. Entre eles, estão o maior acesso à
informação sobre os métodos contraceptivos e sobre a sexualidade, o
aumento da escolaridade da mulher jovem, a ampliação da urbanização e
com ela o acesso aos serviços médicos. “As mães do Bolsa Família têm
de levar os filhos a cada seis meses para o acompanhamento nos postos
de saúde, o que ajuda a ampliar o acesso à informação e aos
contraceptivos”, lembra a ministra.
Em números absolutos, a pesquisa mostra
que, em 2013, as mães brasileiras tinham, em média, 1,6 filho até 14
anos. Entre aquelas 20% mais pobres do Nordeste, a média foi de 2
filhos. Nas famílias 5% mais pobres do Nordeste, com perfil de
extremamente pobres, a média foi de 2,1 filhos.
“Com esses dados, me pergunto por
que algumas pessoas mantêm o preconceito de que pobres têm muitos
filhos. As pessoas que estigmatizam os pobres têm um comportamento
semelhante ao racismo ou estão desinformadas”, avalia Tereza Campello.
Mitos
Segundo a ministra, o mito de que o Bolsa Família estimula o aumento do número de filhos não se sustenta ao longo dos 11 anos do programa de complementação de renda. “Esse é um dos grandes mitos que envolvem o Bolsa Família”, lembra.
Segundo a ministra, o mito de que o Bolsa Família estimula o aumento do número de filhos não se sustenta ao longo dos 11 anos do programa de complementação de renda. “Esse é um dos grandes mitos que envolvem o Bolsa Família”, lembra.
Outra crença é que o benefício estimula a
preguiça e que o beneficiário não trabalha. As pesquisas mostram que os
adultos beneficiários participam tanto do mercado de trabalho quanto os
adultos que não são beneficiários. Três em cada quatro adultos do Bolsa
Família trabalham.
Além disso, pesquisa recente do
Instituto Data Popular aponta que 7 em cada 10 beneficiários do Bolsa
Família que moram em favelas trabalham. “É preciso deixar claro que o
benefício médio pago às famílias é de R$ 170 mensais. Esse valor serve
para complementar e não substituir a renda do trabalho”, destaca Tereza Campello.
Além de dar mais autonomia às mulheres
na decisão da maternidade, o Bolsa Família teve outros impactos
positivos, como a diminuição de partos prematuros e queda da mortalidade
de menores de cinco anos. Os resultados foram atingidos graças ao
acompanhamento pré-natal para gestantes e ao acompanhamento dos filhos
nos postos de saúde. Essas são contrapartidas obrigatórias dos
beneficiários.
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