31/07/2015
'Dá vontade de sumir', diz mãe de adolescente morta por garoto de 14
Menina de 13 anos foi morta em Nova Mutum (MT) e corpo achado em lago.
Menor confessou o crime e disse ela teria causado fim do namoro dele.
“Às vezes, quando estou no trabalho, dá vontade de lagar tudo, de sumir. Mas penso nos meus outros filhos, no meu neto e lembro que ainda tem vida pela frente”, desabafou a doméstica Ângela Batista da Silva, de 37 anos, ao contar sobre a luta para superar a dor da ausência da filha. O crime ocorreu no dia 12 de julho, no município, e o corpo da vítima foi encontrado em um lago no dia 15.
Um garoto, de 14 anos, confessou à Polícia Civil ter cometido o crime contra a jovem. O menor de idade, que era procurado pela polícia, foi encontrado na noite de terça-feira (28) em sua casa e está detido na delegacia de Nova Mutum por ato infracional de homicídio. Ele deverá ser transferido para alguma unidade socioeducativa do estado neste sábado (1º). A delegada Angelina de Andrade, responsável pelo inquérito aberto para apurar o caso, relatou que o adolescente declarou em depoimento ter tramado o crime por uma semana.
Corpo de menor foi encontrado em lago do
município
A justificativa do jovem foi que estaria com raiva da vítima porque Danielly teria tido um relacionamento com ele e contado a outras pessoas sobre isso. A história teria chegado até a namorada do menor que, após ter conhecimento do fato, terminou com o suspeito. O estudante afirma ter matado a adolescente com um golpe de canivete no pescoço, mas a polícia investiga algumas contradições.
Tenho vivido com o coração apertado"
Ângela Batista, mãe da adolescente
Ela relata que tem outros dois filhos e uma neta, que moram junto com ela, e que os avós da vítima também estão abalados. “Os avós dela, que são bem idosos, estão bem arrasados. Eles eram bem apegados a ela e estão bem tristes com o ocorrido”, relata.
A doméstica conta que às vezes pensa em desistir. “Eu não sou muito de chorar, sempre me considerei meio durona. Mas tenho vivido com o coração apertado. Eu era uma pessoa mais alegre”. Sobre Danielly, Ângela afirma que a filha era meiga e carinhosa. “Sempre ao chegar do trabalho ela vinha me abraçar. Ela adorava fazer isso porque sabia que eu chegava cansada e mau humorada”, lembra.
Ela conta que deverá se mudar, em breve, para outro bairro da cidade, na tentativa de tentar esquecer a situação. “Eu poderia atravessar o mundo que não esqueceria dela”.
O crime
De acordo com o depoimento dado à polícia, o menor afirmou ter atraído a jovem até uma região de mata e desferido um golpe, com um canivete, no pescoço da vítima. Segundo o menor, Danielly teria caído no lago ainda com vida. A polícia, porém, investiga algumas contradições.
No exame de necropsia realizado no corpo da jovem foi um encontrado um projétil de uma arma de fogo.
Os exames ainda apontaram que a causa da morte de Danielly foi o tiro e que ela já caiu morta no lago, uma vez que não foi encontrado água no pulmão dela. Com isso, a polícia ainda investiga se o crime contou com a participação de outras pessoas.
Homem é condenado por manter filha como 'escrava sexual' por 18 anos
São Paulo - Um homem foi condenado a 10 anos e nove meses de prisão por casos sequenciais de estupro contra a filha durante aproximadamente 18 anos, no que a Justiça considerou como "verdadeira escravidão sexual". Os ataques começaram quando a garota tinha 16 anos e só cessaram após a descoberta de que os abusos se estenderam à "filha-neta" do relacionamento forçado. O caso ocorreu no Guarujá, litoral paulista.
Com a filha, segundo informações relatadas no processo judicial, o homem teve três "filhos-netos", dentre os quais uma filha-neta também sofria abuso. A 4ª Câmara de Direito Criminal do TJ de São Paulo não atendeu a recurso do homem, que pedia prescrição dos crimes, e manteve a condenação.
Os abusos sexuais perduraram entre 1991 e 2008. Apenas os casos anteriores a 1995 foram considerados prescritos. Pelos demais, o homem foi condenado por estupro. Exames de DNA confirmaram que ele era de fato o pai de três filhos da vítima. No processo, a vítima relatou que foi obrigada a manter incontáveis vezes conjunção carnal com o pai e que os casos começaram assim que ingressou na adolescência.
Com o tempo, a vítima disse ter deixado de oferecer resistência "pelo fato de ser mulher e o réu ser fisicamente mais forte" do que ela. Ela só resolveu denunciar os abusos quando flagrou o homem estuprando a sua filha, hoje em idade adolescente. O desembargador Luís Soares de Mello, relator do apelação, classificou a prática como "verdadeira escravidão sexual". Vizinhos da família confirmaram os relatos de abuso.
Defesa
Em audiência, o acusado alegou que o relacionamento com a vítima era consensual, versão rejeitada pelos magistrados. "Aceitar-se sua versão seria fechar os olhos a uma realidade manifesta e dar costas ao óbvio, em total e completo desapego às normas genéricas da verdade e de bom-senso, que emanam sem nenhuma dúvida dos autos", expôs o desembargador Mello.
Para o magistrado, as marcas dos ataques comprometerão a formação da vítima. "Será que, por mais que receba todos os tipos possíveis de tratamentos e assistência, os horrores a que foi submetida desde a adolescência comprometeram definitivamente sua formação, estando ela [nome suprimido] fadada a carregar anos de sofrimento em seus pensamentos por toda sua existência? Só o tempo dirá."
Há outro processo em andamento na 1ª instância que apura os abusos do homem contra a filha-neta.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2015/07/31/homem-e-condenado-por-manter-filha-como-escrava-sexual-por-18-anos.htm
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