17/07/2015 

Presidente discursou nesta sexta (17) na cúpula do Mercosul, em Brasília.
Petista defendeu que bloco sul-americano busque acordos fora da região.

 
Ao discursar para os chefes de Estado e representantes dos países que compõem o Mercosul, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (17), durante a cúpula do bloco econômico, em Brasília, que não há espaço para “aventuras antidemocráticas” na região.
Líderes dos países que compõem o Mercosul chegaram no início na manhã desta sexta à cúpula. Compareceram ao encontro, além de Dilma, os presidentes Cristina Kirchner (Argentina), Tabaré Vázquez (Uruguai), Horácio Cartes (Paraguai) e Nicolás Maduro (Venezuela).
A Cúpula do Mercosul se encerrará nesta sexta, após o encontro de chefes de Estado do bloco. O grupo, que reúne Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, se reuniu para discutir temas como “integração produtiva, promoção comercial, atração de investimentos e micro e pequenas empresas.”
“A realização periódica e regular desses pleitos [ela citou as eleições recentes nos países do Mercosul] demonstra a capacidade de lidar com as diferenças políticas por meio do diálogo, do respeito às instituições e da participação cidadã. Temos de persistir neste caminho e evitando atitudes que acirrem disputas e incitem a violência. Não há espaço para aventuras antidemocráticas na América do Sul e na nossa região”, ressaltou a presidente diante dos colegas sul-americanos.
Antes de dar início à reunião de trabalho da Cúpula do Mercosul, Dilma se reuniu com o presidente de Guiana, David Granger. Os presidentes do bloco chegaram ao Itamaraty pela entrada principal e seguiram para a Sala Ruy Barbosa.

Nicolás Maduro
Ao fazer seu pronunciamento na Cúpula do Mercosul, o presidente da Venezuela afirmou que é possível relatar os “avanços” do bloco que, para Maduro, “nasceu de novo” há “cinco ou dez anos”.

Na avaliação do venezuelano, nos anos anteriores “não havia comércio” entre os países do Mercosul e ainda não está “como queremos”. Maduro ressaltou que nos últimos anos nasceu um novo bloco, com “nova visão, nova visão social e um Mercosul dos povos”.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/07/dilma-nao-ha-espaco-para-aventuras-antidemocraticas-na-america-do-sul.html


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17/07/2015 

PMDB diz, em nota, que rompimento de Cunha com o governo é 'pessoal'

Partido afirma que só avaliará romper com governo após consulta interna.
Presidente da Câmara anunciou rompimento com a gestão Dilma

 
O comando do PMDB afirmou nesta sexta-feira (17), por meio de nota assinada pela assessoria da legenda, que um possível rompimento do partido com o governo Dilma Rousseff só pode ocorrer depois de a sigla consultar sua executiva nacional, seu conselho político e seu diretório nacional. O PMDB é comandado nacionalmente pelo vice-presidente da República, Michel Temer, articulador político do Palácio do Planalto. Ainda não há previsão de quando o partido fará a consulta à cúpula peemedebista.
Nesta sexta, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou seu rompimento político com a gestão petista. Segundo Cunha, a partir de agora ele passará a integrar as fileiras de oposição. "Eu, formalmente, estou rompido com o governo. Politicamente estou rompido", enfatizou Cunha em coletiva de imprensa no salão verde da Câmara.
No comunicado divulgado após o anúncio de Cunha, a direção do PMDB ressaltou que a decisão do presidente da Câmara é “pessoal”.
“A manifestação de hoje do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é a expressão de uma posição pessoal, que se respeita pela tradição democrática do PMDB", diz trecho do comunicado.
Nesta quinta (16), o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo relatou à Justiça Federal do Paraná que Cunha lhe pediu propina de US$ 5 milhões. Nesta sexta (17), o peemedebista acusou o Planalto e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de terem atuado para que o delator o acusasse. Ele também anunciou que passará a fazer parte da oposição ao governo Dilma.
O presidente da Câmara foi questionado, em entrevista coletiva, se o vice-presidente da República, Michel Temer, também deixaria o governo. Ele respondeu que Temer não poderia fazer isso porque "foi eleito" na chapa de Dilma. Cunha destacou, porém, que fará um pedido no próximo congresso do PMDB para que o partido abandone a aliança com o PT antes de 2018.
"Eu, formalmente, estou rompido com o governo. Politicamente estou rompido. [...] Vou pedir no próximo congresso do partido para que rompa com o governo", afirmou. Temer se encontra em situação delicada diante da crise entre Planalto e o presidente da Câmara, já que acumula as funções de vice-presidente da República, presidente do PMDB e articulador político do governo com o Congresso Nacional.

Leia a íntegra da nota divulgada pela assessoria do PMDB:
Nota à imprensa
A manifestação de hoje do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é a expressão de uma posição pessoal, que se respeita pela tradição democrática do PMDB. Entretanto, a Presidência do PMDB esclarece que toda e qualquer decisão partidária só pode ser tomada após consulta às instâncias decisórias do partido: comissão executiva nacional, conselho político e diretório nacional.
Assessoria de Imprensa do PMDB
A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados divulgou uma nota na tarde desta sexta (17) para informar que se reunirá, após o recesso, para pedir uma reunião das "instâncias superiores do partido" para decidir sobre a posição partidária em relação ao assunto.

Leia a íntegra da nota divulgada pela liderança do PMDB na Câmara:
Nota à imprensa
A Liderança do PMDB na Câmara dos Deputados comunica que, em respeito à posição expressa, de forma pessoal pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha; a bancada do PMDB - tão logo termine o recesso; se reunirá para, dentro de suas atribuições estatutárias, demandar realização de reunião das instâncias superiores do partido, de modo a deliberar acerca da posição partidária.


http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/07/pmdb-diz-que-so-avaliara-romper-com-governo-apos-consulta-interna.html


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