14/07/2015 

Temporal atingiu três municípios da região na noite de segunda-feira (13).
Quinze feridos estavam em festa de aniversário; vento chegou a 115 km/h.

Tempestade destelhou casas em Mariópolis, no sudoeste do Paraná, durante a noite de segunda-feira (13) (Foto: Adriana Ludovichak / RPC)Tempestade destelhou casas em Mariópolis, no sudoeste do Paraná, durante a noite de segunda-feira (13) 
O número de feridos na tempestade que atingiu a região sudoeste do Paraná na noite de segunda-feira (13) aumentou de 19 para 23, segundo a Defesa Civil Estadual. Desses, 20 estavam em Francisco Beltrão e três em Mariópolis. O município de Vitorino também foi atingido pelo vendaval, mas não houve feridos. Quinze das vítimas em Francisco Beltrão estavam em uma festa de aniversário em uma residência que foi levada pelo vento que chegou a 115 km/h, segundo o Somar Meteorologia.
De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, há a possibilidade de que o temporal tenha sido, na verdade, um tornado. Contudo, até a manhã desta terça, ainda não era possível confirmar essa informação. Mais de 60 casas foram danificadas. Pelo menos cinco delas foram totalmente arrancadas pelo vendaval. Todas ficavam na área rural de Francisco Beltrão.
Dez dos feridos estão em observação em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e oito estão internados no Hospital São Francisco.
O vento e a chuva fizeram barracões desmoronar em Mariópolis, no sudoeste do Paraná, na noite de segunda-feira (13) (Foto: Adriana Loduvichak / RPC)O vento e a chuva fizeram barracões desmoronar em Mariópolis, no sudoeste do Paraná, na noite de segunda-feira (13) 
A tempestade também arrastou carros e caminhões, derrubou árvores e postes e matou animais nas propriedades rurais. Além de Francisco Beltrão, há registros de estragos nas cidades de Barracão, Ampere, Santo Antônio do Sudoeste, Pranchita e Bom Jesus, todas próximas à fronteira com a Argentina.
Durante a madrugada, equipes dos Bombeiros, do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), da Polícia Militar e da Defesa Civil devem auxiliar os moradores. Pela manhã, está prevista uma vistoria mais detalhada em toda a cidade, para que os estragos sejam avaliados de forma mais precisa.
Nuvem funil em Francisco Beltrão (Foto: Vanin Aparecido / Arquivo pessoal)Nuvem funil em Francisco Beltrão
Nuvem funil
Ainda na segunda, um morador de Realeza, também no sudoeste, havia registrado a formação de uma nuvem funil. A nuvem tem o formato semelhante à de um furacão, mas não toca o solo.

De acordo com o metereologista do Instituto Simepar, Samuel Braun, esse tipo de fenômeno é esperado na região por causa das condições climáticas.
"Ela [a nuvem] é um estágio incial de um tornando, mas além de tocar o solo, ela tem que provocar destruição para se caracterizar um tornado. Porém, a condição meteorologica é favorável para esse tipo de evento", explicou.
O Simepar também informou que as chuvas devem continuar na região até o fim da semana.  Acredita-se que o acumulado de chuvas que deve cair em algumas cidades possa passar de 100 milímetros. No caso de Francisco Beltrão, a média para todo o mês de julho é de 135 milímetros de chuva.
Chuva no estado
A chuva que atinge o Paraná desde sexta-feira (10) já causou prejuízos para 11.834 pessoas, segundo a Defesa Civil Estadual. Segundo o levantamento, o temporal atingiu 21 municípios do estado, mas a cidade mais prejudicada foi Londrina, na região norte, onde 2 mil moradores foram afetados.

Após o temporal da noite de segunda-feira (13), o dia amanheceu com ventos e nuvens carregadas em Francisco Beltrão (PR) nesta terça-feira (14) (Foto: Michelli Arenza / RPC)Após o temporal da noite de segunda-feira (13), o dia amanheceu com ventos e nuvens carregadas em Francisco Beltrão (PR) nesta terça-feira (14) 


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14/07/2015

Chuva causa transtornos a municípios da Região Central do RS

Telhado de loja acabou atingindo terceiro andar, que ficou alagado.
Em Cachoeira do Sul, na mesma região, moradores registraram prejuízos.

 
Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, registrou problemas devido à chuva que atinge o estado. O telhado de uma loja voou e acabou atingindo o terceiro andar da Câmara de Vereadores, que acabou ficando alagado, como mostra a reportagem do Bom Dia Rio Grande, da RBS TV (veja o vídeo).
Também na Região Central, o município de Cachoeira do Sul sofreu com o excesso de chuva, e moradores precisaram deixar suas casas. É o caso da garçonete Jaqueline Luiz. Os móveis foram retirados a tempo, pois a casa, que fica no bairro Cavalheira, foi interditada pela Defesa Civil. A estrutura corre risco de desabar. É tanta água que o solo cedeu e comprometeu a estrutura.
"Ela está pendurada. Tanto banheiro, quarto, quanto a parte da cozinha", lamenta ela.
Outras duas famílias que também tem as casas em área de risco, nas proximidades de sangas, também tiveram que sair. Por causa da chuva, um ônibus ficou submerso no bairro Tibiriçá. O veículo caiu em um buraco. 20 passageiros estavam no coletivo. Segundo o coordenador da Defesa Civil, toda a cidade teve prejuízos com a chuva.
"A gente tem um número de mais de cem casas que foram atingidas", pontuou Edson Neves Junior.
Assustada com o temporal, a doméstica Claudia Leal cogita vender a casa e mudar de região.
"Desse jeito que tá, perder as coisas não dá, né", aponta.

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/07/com-chuva-telhado-voa-e-atinge-camara-de-vereadores-de-santa

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