Agressores agiram em três equipes coordenadas nos atentados da capital de sexta-feira, estima o procurador-geral; número de mortos chega a 129



O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, anunciou neste sábado (14/11) que a França vai manter sua intervenção na Síria para atacar alvos do Estado Islâmico, após o grupo reivindicar a autoria de uma onda de atentados em Paris. À emissora TF1, Valls afirmou que o governo estuda também ampliar o estado de emergência para todo o território nacional.

Nesta tarde, o procurador-geral da França, François Molins Molins confirmou o atual balanço de 129 mortos e 352 feridos após os ataques à mão armada e explosões suicidas em seis localidades diferentes da capital francesa, que ocorreram em um curto intervalo de tempo na noite de sexta-feira (13/11).

EFE

Manuel Valls (à esq) em reunião sobre segurança nesta tarde com Hollande (à dir)

Segundo Molins, os atentados parecem ter sido feitos por três equipes. "Nós podemos dizer neste estágio das investigações que houve provavelmente três times coordenados de terroristas por trás desses atos de barbárie", explicou o procurador-geral, em pronunciamento sobre as primeiras investigações da onda de ataques na capital.

Ele também acrescentou que, de fato, houve menção à ofensiva francesa no Iraque e na Síria na casa de shows Bataclan, principal foco do massacre, onde ocorria uma apresentação da banda dos EUA Eagles of Death Metal. De acordo com a polícia, um dos atiradores era um extremista de origem francesa.

Além disso, Molins confirmou que sete suspeitos de terrorismo morreram nas ações, sendo que três deles faleceram nas redondezas do Stade de France. Segundo o jornal francês Libération,  um passaporte egípcio e outro sírio foram encontrados no local, embora as identidades não tenham sido ainda confirmadas pelos oficiais franceses.

No estádio nacional parisiense, situado na periferia da capital, ocorria um amistoso entre França e Alemanha, quando extremistas detonaram seus coletes de explosivos. Além dos homens-bomba, uma pessoa morreu por conta dos ferimentos no local. O presidente do país, François Hollande, estava no estádio e foi rapidamente evacuado.

EFE

Manifestações em apoio e solidariedade ao povo francês ocorreram ao redor do mundo



À Reuters, Nikos Toscas, vice-ministro grego responsável pelo policiamento, declarou que um dos suspeitos de terrorismo encontrado morto seria um refugiado que passou pela Grécia em outubro deste ano.

Por sua vez, François Molins afirmou que as autoridades francesas tinham um arquivo sobre radicalização islâmica de um dos agressores, que também já tinha ficha criminal, mas nunca havia passado pela cadeia.

Nesta manhã, o Estado Islâmico reivindicou autoria dos atentados. O grupo extremista sunita culpa a França por 'insultar o profeta, lutar contra o islã e atacar muçulmanos no Califado com seus aviões', em referência a ataques aéreos na Síria.  Segundo a organização, Paris ainda é o seu "principal alvo".



 http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/42283/apos+ataques+premie+frances+diz+que+vai+manter+ofensiva+na+siria+contra+estado+islamico+.shtml

                   +++++++++++++++


Ataques em Paris fazem 129 mortos e deixam 352 feridos




Terror na França

13.nov.2015 - Espectadores do amistoso entre França e Alemanha, realizado no Stade de France, em Paris, se abraçam após explosões que deixaram três mortos em um portão do estádio. O presidente francês, François Hollande, também estava presente na partida e foi removido às pressas, enquanto outros ataques deixaram um total de 127 mortos na capital francesa, mais de cem deles na casa de espetáculos Bataclan Leia mais Christophe Ena/AP

Em entrevista coletiva no início da noite deste sábado (14), no horário local, o procurador-geral de Paris apresentou novas informações sobre os ataques que ocorreram na noite de ontem na capital da França. De acordo com François Molins, até o momento foram contabilizados 129 mortos e 352 feridos, sendo que 99 pessoas estão em situação de saúde considerada crítica.
Molins apresentou uma cronologia dos ataques. Os terroristas usaram pelo menos dois veículos até os seis locais dos atentados, o que sugere que a ação foi coordenada entre grupos. Eles, aparentemente, teriam se divido em três equipes armadas, no período de meia hora: uma no Stade de France, outra usando um carro preto Seat, visto em vários locais onde ocorreram tiroteios, e a terceira utilizando um carro Polo VW preto.
As investigações tiveram início na noite de ontem e ainda estão em andamento.
"As informações são limitadas, ainda estamos no começo, estamos juntando as evidências para saber o que aconteceu, e por isso temos que manter o sigilo", disse Molins.
Foi confirmado que sete terroristas morreram.
O primeiro ataque ocorreu no Stade de France, às 21h20 de sexta-feira, com uma explosão no portão D (Saint-Denis, região norte de Paris). Dois corpos foram encontrados ali: um deles com um cinto de explosivos e baterias e o outro, de um pedestre. O presidente da França, François Hollande, e o ministro de Relações Exteriores da Alemanha assistiam a um jogo entre os dois países no estádio.
Logo depois, às 21h25, frequentadores do restaurante Petit Cambodge e do bar Le Carillon, no 10º distrito da cidade, foram atacados por homens armados que chegaram em um veículo preto: ali 15 morreram e 10 ficaram feridos.
Às 21h30, houve a segunda explosão no estádio. Foi encontrado o corpo de mais um homem vestindo um cinto com explosivos no portão H.
Às 21h32, um tiroteio foi registrado em frente ao bar A La Bonne Bière, no 11º distrito da cidade, com 5 mortos e 8 feridos. Cerca de 100 cápsulas de balas foram encontradas no lugar, de acordo com as investigações. O atirador havia chegado ao local em um carro preto.
Às 21h36, 19 pessoas foram mortas por atiradores no terraço do restaurante La Belle Equipe, e 9 pessoas ficaram feridas. 
Por volta de 21h40, um homem-bomba detonou seus explosivos no restaurante Le Comptoir Voltaire, no 11º distrito, ferindo gravemente uma vítima.
Também às 21h40, um carro foi estacionado em frente à sala de concertos Bataclan, onde houve o maior número de mortos. Vários atiradores entraram no local, onde se passava um show da banda norte-americana Eagles of Death Metal, e abriram fogo. Morreram 89 e muitas ficaram feridas. Os homens armados teriam feito menções rápidas ao Iraque e à Síria durante o ataque. Neste local, dois terroristas acionaram os cintos com explosivos que usavam presos ao corpo e um terceiro terrorista foi morto pela polícia. 
Às 21h53, um terceiro homem-bomba aciona seus explosivos no Stade de France.
No sábado, 0h20, forças de segurança fazem uma ação no Bataclan para libertar as vítimas mantidas reféns por cerca de duas horas dentro da sala de concertos, momento em que dois terroristas acionam seus explosivos e um outro é morto pela polícia.
Estas informações foram obtidas, em parte, a partir de imagens de câmeras de monitoramento nos locais onde ocorreram os atentados.

O que foi encontrado nos locais dos ataques

De acordo com Molins, os terroristas usavam em seus cintos explosivos do tipo TATP, feitos de forma caseira com produtos químicos comumente encontrados, e às vezes chamados de "mãe de Satã". Esse tipo de explosivo não é facilmente identificado por cães farejadores, por exemplo. 
Os terroristas que agiram no Bataclan usaram armas automáticas do tipo Kalashnikov, e um deles tinha um passaporte sírio (cuja autenticidade ainda não foi confirmada). Foram localizados ali e em outros pontos onde os ataques ocorreram cartuchos de munição para armas de calibre 7.62 mm. 
No Stade de France, foram encontrados junto aos corpos dos homens-bomba passaportes da Síria e do Egito, também sem autenticidade confirmada.
Um deles completaria 30 anos de idade no dia 21 de novembro e era de um subúrbio em Courcouronnes (cerca de 30 km ao sul de Paris). Este homem já tinha sido fichado pela polícia francesa em 2004 e foi apontado como um extremista islâmico em 2010, mas nunca foi preso. (com agências de notícias)




Homenagens pelo mundo às vítimas dos atentados em Paris, na França

13.nov.2015 - Canadenses prestam, em Montreal, homenagem aos mortos na série de atentados ocorridos nesta noite em Paris, e que resultaram na morte de 127 pessoas, no maior ataque em solo francês desde Segunda Guerra Mundial. Montreal é a maior cidade de Quebec, província francófona do Canadá Leia mais  

Após ataques em Paris, países do leste europeu querem endurecer medidas contra refugiados


Polônia declarou que irá desrespeitar acordos europeus de acolhimento de refugiados; primeiro-ministro búlgaro fala em 'novo 11 de setembro'


Países da Europa Central e do Leste anunciaram neste sábado (14/11) que irão endurecer as medidas de segurança, o que implicará novas restrições a refugiados, após os ataques em Paris de sexta-feira, que mataram 129 pessoas e deixaram outras 352 feridas, de acordo com os últimos dados da Procuradoria-Geral da França.
"É preciso reforçar a proteção do país e responder a esse horrível ataque terrorista", declarou hoje o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. O governo da Hungria fechou suas fronteiras no últimos meses para impedir a entrada de refugiados, que se dirigem sobretudo a países como Alemanha e Suécia, onde existe políticas mais acolhedoras.
EFE

Conforme anunciaram os governos de diversos países europeus neste sábado (14/11), o controle das fronteiras irá ser mais rigoroso

Com as novas medidas da Hungria, haverá presença policial mais ostensiva nas ruas, nos aeroportos e nas proximidades da usina nuclear de Paks, assim como um controle fronteiriço mais rigoroso.
Já o  recém-eleito governo conservador da Polônia, que está em formação após eleições recentes, indicou que a nação não irá respeitar os acordos europeus de distribuição de refugiados por conta dos ataques em Paris.
Por sua vez, a Eslováquia afirmou que irá deter todas as pessoas que entrarem de forma ilegal no país. "Não podemos admitir nenhum nível de risco associado aos refugiados. Qualquer um que cruze ilegalmente a fronteira será detido e considerado um risco para a segurança", declarou à imprensa local o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico.

Nesta sexta-feira, a Áustria anunciou que irá construir uma cerca na fronteira com a Eslovênia para impedir que refugiados entrem no território austríaco.
Na Bulgária e na Bósnia e Herzegovina, as medidas de segurança também foram endurecidas. O primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borisov, comparou os ataques em Paris ao atentado ao World Trade Center, em 2001, em Nova York, ao falar em "novo 11 de setembro na Europa".
O ministro da Defesa da República Tcheca, Martin Stropnicky, disse que "infelizmente, acabou a era da despreocupação e altos níveis de liberdade". Na mesma linha, o premiê da Sérvia, Aleksandar Vucic, convocou uma reunião extraordinária para discutir a segurança do país.
EFE

Após ataques em Paris, o trânsito de pessoas sem documentação na Europa irá ficar mais difícil



 http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/42281/apos+ataques+em+paris+paises+do+leste+europeu+querem+endurecer+medidas+contra+refugiados.shtml#

0 comentários:

Postar um comentário

Postagens populares

 
Top