DILMA MAQUIAVÉLICA? TOMARA!
(Traduzindo o que Lula disse)
Pouca gente sabe o significado do termo (adjetivo) maquiavélico, ou pensa que sabe, na medida em que aceita o significado já consagrado, de que é mau, e que é errado.
Esse termo é associado a Nicolau Maquiavel, um poeta, historiador e músico italiano, que vivem em Florença, nos séculos XV/XVI.
Enquanto Thomas Hobbes, um filósofo inglês, é considerado o pai do Estado Moderno, Maquiavel é considerado o teórico das monarquias que se seguiram a ele, e o erro está aí, em considerá-lo “conselheiro” dos políticos republicanos, tanto que o livro em que ele enunciou os seus princípios se chama O Príncipe e não O Presidente.
O mais conhecido dos seus princípios é o que postula “o príncipe deve fazer o bem em pequenas e constantes doses, para que o povo fique satisfeito, e a maldade em uma dose só, toda ela de uma vez, porque logo o povo se esquecerá”.
Isto posto, passemos à Dilma, mas antes vamos entender o que significa “desonerar”.
Desonerar é mais ou menos o mesmo que subsidiar, baratear um bem ou um serviço abrindo-se mão de impostos.
Esta foi uma das razões do sucesso dos governos Lula (estamos todos lembrados das quedas das taxas ou anulação temporária delas: nas montadoras: “compre carro com IPI zero e sem juros” e todo mundo comprou ou trocou de carro; desoneração na linha branca, e todo mundo comprou fogão novo, geladeira nova, microondas novo... Aquecendo a economia e derrubando a taxa de desemprego).
Esta foi a maquiavélica fase das bondades constantes.
Só que há um limite para as desonerações, senão o país quebra, já que não pode abrir mão de todos os impostos (tem que custear a máquina administrativa, fazer investimentos em obras, pagar o serviço da dívida pública...).
Por erro de cálculo ou por não contar do mundo demorar tanto tempo para sair da recessão, Dilma desonerou mais do que devia, e qualquer um sabe que dívidas existem para serem pagas.
E veio o reajuste na economia, a necessidade de cobrir o rombo de caixa, provocado pela desoneração excessiva, a segunda parte da premissa de Maquiavel: “a maldade de uma vez só”, e os preços subiram, para aumentar a arrecadação, e aí aparece toda a nossa ingratidão.
Lula assumiu pessoalmente o erro da desoneração excessiva, afirmando ser culpa da Dilma, de sua equipe, do PT e de toda a militância.
Sim, não li ninguém postando “aumenta o preço da gasolina!”, “aumenta os preços dos carros”...
E de onde vem tanta segurança e certeza, no Lula?
Primeiro porque é um economista sem ter cursado economia, a inteligência não nasce por formação acadêmica: se Dilma desonerou a economia em 340 bilhões e há um rombo entre 100 e 130 bilhões, o povo está no lucro de 210/240 bilhões, pegou 340 e vai pagar 130.
Que loucura! E onde está isso, Chico? Está no carro novo do Zé da Silva, que malha a Dilma enquanto dirige; na televisão a led onde o seu Teodorico vê o Jornal Nacional sentando o pau na Dilma; na geladeira nova da Dona Maria; na escola particular do filho do seu Pancrácio; nas roupas de grife da garotada; nos computadores novos em que coxinhas não entendem isso e metem a porrada no governo, nos trezentos milhões de celulares pendurados nas orelhas dos alienados políticos...
Se a reforma da Dilma está errada e mais nos prejudica, porque a oposição protela em aprová-la, já que quer o fim do governo?
Quem nos responde é o mesmo Lula: “os que estão falando mal da Dilma vão se arrepender disso.”
Maquiavelicamente ele sabe que, passada essa necessária maldade em dose única, voltarão as constantes e crescentes bondades, que o levarão ao poder novamente.
A oposição também sabe, e por isso está desesperada.
Francisco Costa
Macaé, RJ, 11/11/2015.
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O DESARVORADO CUNHA, O LADRÃO BURRO
Em todas as minhas postagens afirmei que Eduardo Cunha é burro, com companheiros discordando.
Nós, seres humanos, temos um hábito estranho: no pormos como modelos, avaliando o próximo tomando-nos por referência.
Para o desonesto todo mundo é desonesto (os honestos são tidos por espertos que não se deixaram flagrar, ainda), nunca confidencie nada a um(a) amigo(a) daqueles que afirmam que todo mundo é fofoqueiro, logo você estará na próxima fofoca dele, e para o burro todo mundo é burro.
Há dois tipos de burros: os conscientes e os inconscientes.
Os burros conscientes, por se saberem burros, buscam verdades que os libertem da burrice, e logo se tornam presas fáceis do fanatismo, da rendição incondicional a uma pretensa verdade, única, seja ela política, religiosa, filosófica...
Os burros inconscientes, por não se saberem burros, acham-se o máximo da esperteza e do conhecimento, e como fazem de todos os parâmetros com que medem a si próprios, os burros são os que não têm comportamentos iguais aos deles.
Eduardo Cunha é do tipo burro inconsciente. Vejamos:
1) abriu contas SECRETAS assinando na abertura das contas, e mais: fornecendo cópias dos seus documentos pessoais;
2) procurando laranjas que, pela natureza do papel que vão desempenhar, devem ser pessoas afastadas, sem vínculos diretos com o trambiqueiro, para dificultar identificação, Cunha escolheu a esposa e a filha;
3) para movimentar contas secretas, o correntista deve valer-se de alcunhas, pseudônimos, códigos ou senhas. Cunha valeu-se do próprio nome;
4) para dificultar rastreamento e identificação das fontes do dinheiro sujo, o trambiqueiro JAMAIS deverá fazer operações inter bancárias, isto é, transferir dinheiro de um banco para outro. O correto seria sacar em um banco e depositar em outro, em espécie, para não haver rastros, documentos identificadores. O esperto Cunha fazia transferências inter bancárias, de suas contas em paraísos fiscais, para o HSBC;
5) o trambiqueiro não pode deixar provas testemunhais ou documentais de que esteve na agência bancária, normalmente servindo-se de terceiros, por causa das câmeras de segurança e testemunhas. Cunha não só fez a movimentação pessoalmente como permitiu a coincidência de datas entre as movimentações e as datas nos carimbos, no passaporte, provando que ele viajou do Brasil para a Suíça, nessas datas.
Muitas provas mais de que Eduardo Cunha é burro eu poderia citar, mas a prova mais consistente e definitiva foi dada na entrevista que ele concedeu à Globo (ou que a Globo quis que ele desse).
Cúmplice da corrupção, porta voz da corrupção, agente ativo na corrupção, a Globo deu a Cunha uma oportunidade de ouro, para safar-se, dando-lhe um terço do Jornal Nacional (exatamente dez minutos e trinta e sete segundos. Nem Dilma, reeleita, mereceu esse tempo todo).
É certo que Cunha mentiu, e não se poderia esperar nada de diferente, mais que de direito, por obrigação o acusado não deve produzir provas contra si.
Só que as desculpas, argumentações e álibis de Cunha foram tão estapafúrdios e esfarrapados que não iludiram nem às crianças do ensino fundamental (os seus próprios íntimos afirmaram que ele foi condenado ali, na entrevista).
A primeira coisa a ressaltar é que a entrevista foi uma ação entre amigos, com Cunha sendo apresentado como réu primário, omitindo-se que tem 22 processos tramitados, 3 tramitando e mais 3 indiciamentos, tudo por corrupção.
A ressaltar a citação de Cunha que, ANTIGAMENTE, a legislação era frouxa com a corrupção.
Verdade foram os corruptos e ditatoriais governos petistas que deram autonomia à Polícia Federal, permitindo que mesmo o PT fosse investigado, sem que houvesse intromissão ou tráfico de influência entre o executivo e o judiciário, como nos governos tucanos, quando processos de corrupção eram orientados ou interrompidos (quase 4 000, em oito anos, o que dá uma média de quase dois por dia, todos apurando corrupção, inclusive do Presidente da República, na época).
Primeiro a história da carne moída, o que faria de Eduardo Cunha o maior exportador do mundo, de proteína animal, sem que ninguém soubesse, o que é impossível.
Segundo: se exportou bois abatidos no Brasil e embalados no Brasil e não tem a documentação pertinente, deve ser preso imediatamente, por contrabando, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Agora as contas onde ele é “usufrutuário em vida” (o que seria um usufrutuário morto, alguém recebendo os dízimos de volta, no paraíso?), o que nunca ninguém ouviu, sendo figura nova na legislação.
Há a conta individual ou conjunta, de pessoas físicas ou jurídicas; há contas simples ou compartilhadas; há contas de grupos (consórcios, clubes de investimentos...); contas judiciais... Mas contas para usufruto?
Como seria isso, segundo o inovador Eduardo Cunha?
Alguém pega alguns milhões de dólares ou euros, abre uma conta secreta, nomeia pessoas que podem movimentá-la e me avisa: “olha, tem uma fortuna para você movimentar a vontade, a seu bel prazer”, ou não me avisa nada, até que sou surpreendido pela Polícia Federal na minha porta, sem que eu me saiba milionário nem quem me fez a gentil doação, o que aconteceu com o pobre pastor Eduardo Cunha.
Por fim a história apurada pelo Ministério Público suíço, omitido pelo entrevistador: Cunha citou quatro milhões. Já foi apurado, lá, a movimentação de quase meio bilhão, em quatro contas: duas dele, uma da filha e uma da esposa, alimentadas por vinte e três outras contas, algumas em operações inter bancárias onde os emitentes da grana são empresas of shore (sem atividade determinada), em paraísos fiscais, no nome do próprio Cunha.
Voltemos ao início: é burro ou não é?
São quase oito mil contas secretas, de brasileiros, no HSBC suíço.
O Ministério Público suíço, as Polícias Federais de lá e daqui, a mídia internacional, principalmente a francesa, ainda não conseguiram identificar a titularidade de mil, em oito mil, porque bem camufladas, em códigos, senhas, pseudônimos (há uma, muito sugestiva, com o nome de Neves)...
Como a maioria delas foi aberta e recebeu mais depósitos na época das privatizações, deduz-se que tucanos e empresários têm a esperteza que Eduardo Cunha não tem, a inteligência que Eduardo Cunha não tem.
Se não quiserem afastá-lo por corrupção, que o façam por incapacidade intelectual ou insanidade mental.
É um ladrão burro.
Francisco Costa
Macaé, RJ, 09/11/2015.
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