No programa eleitoral e nas entrevistas, o governador Beto Richa (PSDB) tem afirmado que seu governo foi o que mais fez pelo Paraná. A realidade porém está bem distante do discurso. O jornal Gazeta do Povo mostra na edição desta quinta-feira (21), que Beto Richa fez só 46% daquilo que prometeu em 2010.

“Um governador que não cumpriu nem metade do que prometeu deveria ter vergonha de ser candidato à reeleição. Como o povo do Paraná vai acreditar em alguém que não cumpre o que promete?”, comenta a candidata à governadora Gleisi Hoffmann (PT).

Dos nove principais temas apresentados em 2010, um deles dispara na lista do que Beto não fez. Das 25 promessas para melhorar a Segurança, o atual governador não cumpriu 17. “O povo do Paraná é sério e trabalhador. Merece um governo ativo, com iniciativa, que lidere. Nosso estado merece e precisa de governantes comprometidos, que gostem de trabalhar”, afirma Gleisi.
Richa utiliza o Twitter oficial do governo do Paraná para autopromoção. Foto:  Ricardo Almeida/ANPr.
Richa cumpriu apenas 46% daquilo que prometeu em 2010. Foto: Ricardo Almeida/ANPr.
Das 137 ações prometidas, 33 sequer saíram do papel e outras 41 foram feitas pela metade. Confira algumas das metas que Beto não fez na Segurança, Saúde, Infraestrutura, Habitação e Assistência Social:

- Zerar número de presos nas delegacias e aumentar o número de presídios no estado e construção de um no litoral – que nunca foi construído – e ainda há presos em delegacias;

- Criar 4 centros de recuperação para dependentes de drogas, em Maringá, Londrina, Cascavel e Piraquara – não foram construídos os centros;

- Em 2011, ativar 36 módulos policiais em Curitiba, 12 em Londrina e 6 em Foz do Iguaçu – Beto não fez;

- Em 2012, ativar mais 18 módulos em Curitiba, 3 em Londrina e 6 módulos em outras cidades populosas.

- Em 2013, ativar mais 18 módulos em Curitiba e 4 nas cidades com mais de 50 mil habitantes – Beto não fez

- Modernizar o sistema de atendimento à Saúde (SAS) dos servidores públicos  – O SAS passou por diversos problemas durante a gestão;

- Ampliação da malha ferroviária. Equacionar a situação da Ferroeste para fazer parcerias público-privadas – Beto não fez a ampliação;

- Resgatar o valor de mercado da Copel – Beto não resgatou, o valor da empresa caiu de R$ 10,8 bilhões para R$ 7,6 bi segundo a consultoria Economática;

- Erradicar o trabalho infantil – Beto não fez – o estado apareceu em 3º lugar do ranking de trabalho infantil segundo o IBGE em 2013

Paraná fica em penúltimo no ranking dos investimentos entre 2009 e 2013

O mesmo jornal ainda destacou recentemente, em um outro levantamento, que o  Paraná é o segundo estado que menos priorizou obras e compra de equipamentos em relação ao total das despesas, na média, entre 2009 e 2013 – período que engloba duas gestões estaduais.  A cada R$ 100 empenhados pela administração estadual no período, apenas R$ 4,90 foram destinados a investimentos.

Arrecadação do estado foi a que mais cresceu

Ao mesmo tempo em que aparece na penúltima posição entre os estados que mais que priorizaram investimentos entre 2009 e 2013, o Paraná se destaca pelo acréscimo de arrecadação no período. A receita corrente líquida (RCL) do governo paranaense foi a que mais cresceu entre todos os estados no período (33,8% de aumento real), passando de R$ 19,871 bilhões para R$ 26,592 bilhões.

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